28 de set. de 2010

De José pra José, Marina!

Ela critica e se cala quando é para criticar; bate nos adversários, mas não chega a ofendê-los; apesar de seu corpo franzino, ela é "cool" e jovem. Sim, este ordinário blogueiro está falando de Marina Silva, a candidata do Partido Verde (PV).

Marina vem conquistando adeptos famosos por todo o Brasil. De Lúcia Hippolito passando por Wagner Moura e Giselle Bundchen, a candidata verde representa o lado "clean" da direita e do conservadorismo nacional.

Os eleitores que não simpatizam com a oscilação estratégica de Serra - ora agride, ora é agredido - estão migrando seus votos para Marina Silva. Ela, que veio do Acre, foi educada no projeto Rondon e teve uma brilhante carreira política pelo PT, agora mudou de lado. 

O Partido Verde, apesar de suas nobres bandeiras progressistas, esconde nas entrelinhas uma afinidade com a direita brasileira. De fato, Marina Silva, embora afirme que seu adversário Serra também agrida jornalistas, está do lado do tucano.

A mídia corporativa nacional, simpatizante da candidatura tucana, está se utilizando de Marina Silva para conquistar votos e levar a eleição para o segundo turno. E com isso ressuscitar o (natimorto) Serra.

A medida é impossível, já que falta menos de uma semana para as eleições. O Tracking IG/Vox Populi mostra Dilma estável com 49% e Serra com 37% (soma de seus votos e de Marina). O que não mudaria o quadro já anunciado por Sensus e Vox: vitória de Dilma no primeiro turno. 

O que a nobre candidata Marina Silva não percebe é que ela repete, com todas as letras, a atuação da esquerda radical e caricaturada que Heloísa Helena se prestou a fazer nas últimas eleições. 

Por conta de seu radicalismo, contribuiu para que Geraldo Alckmin levasse a eleição para o segundo turno, em 2006. Lula ganhou, mas ganhou com aperto em algumas regiões. 

Marina cumpre agora o mesmo papel: criticar os avanços feitos pela esquerda ,através do PT, e simular uma "rivalidade" com o adversário tucano. Embora adversária de Serra, Marina se tornou uma aliada da mídia brasileira. 

É através dela que a mídia pode destilar seu ódio contra os avanços do governo Lula e contra as massas que ele ajudou a erguer em seu governo. Ele representa o "mal", segundo editorial do Estadão, contra o "avanço" que Serra representaria.

É provável que como Serra, Marina tenha um fim melancólico: depois de trair os anos que militou e participou politicamente do PT, e fazer o jogo da direita, a candidata "verde" cairá no ostracismo tal qual Serra.

Será lembrada como a candidata verde que depois de um tempo, ficou com tons de azul. 

P.S:  Para entender o título: "De mulher pra mulher..."


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