13 de out. de 2010

Marina Silva: Perdeu a memória ou se vendeu?

Divulgo manchete publicada no blog do Paulo Henrique Amorim mostrando aonde Marina Silva, cujo anúncio de apoio a candidatura de Dilma ou Serra será no dia 17 próximo, estava no ano 2000.

Será que ela não sabe que a mídia,hoje ovaciona seus pontos e vírgulas, irá jogá-la no ostracismo político e confirmará seus interesses em torno da candidatura de Serra?

Será que ela se lembra de Heloísa Helena, cujos dentes caninos exibia para a mídia, para o Jornal Nacional, contra o governo Lula, e que hoje a população de Alagoas a rejeitou para o Senado Federal?

Será que ela se lembra de Chico Mendes, seu mentor político, morto por madereiros que apoiam, dentre várias coisas, a candidatura de Serra?

Será que ela perdeu a memória ou se vendeu?

Eduardo Pessoa

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Caros ,



Acho que é o caso de lembrar a Marina de onde ela estava em abril do ano 2.000.


No dia 22 de abril de 2.000 ela estava na estrada que liga Santa Cruz de Cabrália a Porto Seguro, junto com 3.600 indígenas, de mais de 180 povos, militantes do movimento negro, quilombolas, miltantes do MST, estudantes, mulheres, militantes de inúmeros movimentos populares e sindicais, talvez mais de 10 mil ao todo, de todo o Brasil.

Ela tinha falado no Quilombo, que era o acampamento coletivo, no dia anterior, para alguns destes milhares de militantes.



No dia 22 de abril, logo pela manhã, foi desatada a repressão sobre todos e todas.



O Fernando Henrique estava na Cidade Alta de Porto Seguro, comemorando com o Presidente de Portugal.



Na estrada, a policia do Antonio Carlos Magalhães e as tropas do FHC jogavam bombas de gás, arrastavam negros pelos cabelos, espancavam indígenas e prendiam estudantes.

Havia helicópteros e lanchas da Marinha no cerco.

Um indígena se jogou no chão da estrada, em frente dos soldados, que passaram por cima dele.


Encontrei a Marina com sua assessora Áurea, perdidas na estrada, escutando bombas e tiros próximos.


Coloquei as duas no meu carro, para escapar dali protegendo-as.


Dentro do carro, a Marina falou calmamente que, se respirasse aquele gás, poderia morrer.


Virei o carro para pegar um caminho de terra e ir em direção da praia.

Ela pediu que não fosse, porque tinha visto soldados irem para a praia perseguindo estudantes.

Voltei com o carro prá estrada e levei a Marina até local seguro, longe da repressão e das bombas.


Emocionado porque, segundo a nossa Senadora, eu talvez tivesse acabado de salvar sua vida.


Acho bom ela lembrar deste episódio neste momento, para pensar de que lado ela sempre esteve, e de que lado deve estar agora.


um abraço fraterno


Paulo Maldos ( ex-assessor do CIMi – Conselho Indigenista Missionário)

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