1 de nov. de 2010

Serra: homem do século XIX

O candidato a presidência pelo PSDB, José Serra, saiu da campanha da mesma forma que entrou: pequeno.

Sua derrota não foi somente por uma série de erros ao longo de sua campanha, como a demora para escolher o vice, a falha em articular os diretórios estaduais e a completa indiferença para com seus correligionários.

A derrota de José Serra está em fazer renascer um tipo de homem que cabe somente nas fábulas do Século XVII ou no Brasil do coronelismo. Serra personifica o homem truculento, que considera a opinião feminina somente para atender interesses políticos e eleitorais.

Ele acha "natural" levar a filha e a mulher para falarem calúnias contra Dilma e depois dizer que é aceitável um homem ter uma "amante", mas de forma "discreta".

Será essa a postura que os brasileiros, homens e mulheres, esperam de um postulante ao cargo mais alto da nação?

A análise da arrogância de Serra poderia perfeitamente terminar por aqui, mas ele, insatisfeito com a derrota, não vai dar "descanso" a Dilma.

No auge de sua prepotência, disse que os brasileiros não deram "adeus, mas um até logo". E quem deu a Serra poderes para dizer que ele representa o melhor para o país?

O sexismo do cidadão e candidato Serra contrariou inclusive o que manda os protocolos da boa política: saudar o vencedor antes de seu discursos. Mas não: Serra ligou parabenizando a candidata "durante" o discurso e discursou somente "depois".

Que Serra é pequeno e assim ficou por pura conveniência, todos nós sabemos. O que não sabíamos é que em nome dessa conveniência, ele se apequenaria tão rapidamente. Lamentável para a oposição, uma bela vitória para Dilma e a democracia brasileira.

Bye Bye Serra.

Eduardo Pessoa

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