Aécio e o beijo do Judas. O caso "Verônica Serra" começou no ninho do PSDB.. |
Dossiês e vazamentos são elementos que "apimentam" a política brasileira.
De 2006 para cá, tem sido uma constante o uso desse instrumento para "desestabilizar" adversários.
Com a vitória de Lula em 2006, o público tem assistido a uma polarização entre PT x PSDB.
Nessa polarização, o PSDB com apoio da grande mídia, tem usado de vazamentos para repercutí-los nos grandes veículos de comunicação.
O último deles, saído do "forno", é a alegação de quebra de sigilo fiscal de Verônica Serra, empresária e filha do candidato José Serra.
Hoje, dia 1º de Setembro, a assessoria da Receita Federal diz que uma procuradora de Verônica Serra, pediu acesso aos dados fiscais de 2008 e 2009.
Os documentos estavam assinados e com firma reconhecida em cartório. O pedido foi feito em Setembro do ano passado.
A funcionária da RF em Santo André (SP) fez os trâmites necessários, de acordo com o fluxo da agência.
Essas informações a Receita Federal tem como comprovar, segundo a assessoria do órgão.
A intenção da cúpula do PSDB não é elucidar os fatos, mas causar "barulho" e "medo" no eleitorado. Falta menos de 1 mês para as eleições de Presidente da República.
Luiz Inácio Lula da Silva se despede do governo com mais de 80% de aprovação. Sua candidata é Dilma Rousseff.
José Serra, que não conseguiu imprimir a marca de Pós-Lula, nem de Anti-Lula, usa de expedientes utilizados nas eleições de 2006 para angariar eleitores.
A história do dossiê nasceu no ninho do PSDB, ainda no ano passado. Em Setembro de 2009, Serra e Aécio disputavam os holofotes para ver quem seria o candidato a Presidente.
O PSDB de São Paulo, capitaneado por Fernando Henrique Cardoso (FHC) queria Serra como candidato, com chapa puro-sangue, ou seja, Aécio vice.
O PSDB de Minas Gerais, por sua vez, não concordou com a "imposição" da direção paulista e queria o contrário: Aécio presidente e Serra vice.
O PSDB de Minas Gerais, por sua vez, não concordou com a "imposição" da direção paulista e queria o contrário: Aécio presidente e Serra vice.
Mas Serra não poderia perder essa chance. A cúpula nacional do partido acabou impondo a candidatura de Serra. Aécio abandonou sua candidatura, mas não seu jeito matreiro de fazer política.
Conhecendo a forma como Serra faz política, ou seja, de forma imposta, sem debate, mexeu no "vespeiro" do seu adversário interno. Os dados de Verônica Serra eram para alimentar o dossiê de Aécio.
O objetivo? Atacar Serra. O resto é "trololó", como costuma usar o candidato José Serra.
A medida não tem surtido efeito. Pesquisa do Instituto Vox Populi mostra Dilma Rousseff (PT) com 41% e José Serra (PSDB) com 33% das intenções de voto.
Hoje foi divulgado tracking do Vox Populi/IG em que a candidata do PT aparece com 51% e o candidato do PSDB com 25%.
As duas pesquisas mostram: Lula é Dilma e Dilma é Lula. Montenegro, presidente do Datafolha, disse ano passado que Lula não faria seu sucessor.
Mas Lula conseguiu tirar o "animal político" que existia em Dilma. Resultado: ele conseguiu transferir os votos para Dilma. Montenegro teve que voltar atrás e pedir desculpas.
O Brasil não chegou ao patamar político de ter um Keynesianismo europeu: todos trabalhando, esquerda e direita, em prol do Bem-estar social.
Mas uma coisa é fato: o PT assumiu a postura social-democrata, como aconteceu na Europa dos anos 50 e 60.
O Partido Social Democrata Brasileiro, o PSDB, sem rumo, está andando mais para a direita. E mantendo o nível dos debates.
O nível mais baixo possível.
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