Passados quase dois meses do fim do Big Brother Brasil 10, retomo a figura do Marcelo Dourado. Vencedor da última edição do programa, Dourado ficou conhecido por seu jeito ríspido, direto e por seus comentários polêmicos. Muitos telespectadores e frequentadores das redes sociais como Twitter criticaram seu comportamento. Se ele é ou não homofóbico é assunto para outra conversa. Uma coisa é fato: Dourado é resultado de uma forma de pensamento que associa homossexualidade a AIDS.
A AIDS - Síndrome da ImunoDeficiência Adquirida - como é conhecida a doença, foi reconhecida nos EUA nos anos 80. Alguns anos antes já havia registro de um jovem de 15 anos que morreu com a doença. A sociedade norte-americana ignorou largamente a epidemia. Em 1982 a história mudou. O primeiro grupo de pessoas infectadas pelo vírus eram homossexuais masculinos. As pesquisas científicas demoraram um ano para apresentarem suas primeiras conclusões.
O que fazer enquanto a ciência não tem a explicação?
Ora, o pensamento coletivo, compartilhado pela sociedade norte-americana - e de outras também - foi de associar a doença ao homossexualidade. "Permissividade sexual", era o que os conservadores bradavam nos veículos de comunicação. Insinuaram que a doença era "o preço que a América pagava pela libertinagem sexual".
Os conservadores se animaram e logo trataram de excluir os homossexuais e de tratá-los como "estranhos" e "infectados". Eram perigosos. O fator biológico do vírus contribuiu para excluí-los ainda mais - infecção pelo sangue, sexo anal, esperma, etc... A mídia ajudou muito a difundir essa idéia.
Vale lembrar que durante esse período vários prefeitos, deputados e governadores homossexuais disputavam cargos eletivos. Para puritanos e direitistas, o fato da doença ter atingido homossexuais e o desaparecimento de políticos homossexuais para cargos públicos foi um prato cheio para propagar o preconceito.
Os casos de AIDS ultrapassaram esse primeiro grupo. Crianças e adultos heterossexuais também figuraram entre os infectados. Foram descobertos casos de infecção em parceiros heterossexuais, estáveis e casados. "E agora?", se perguntava a elite. Já era tarde: o desastre do estereótipo estava feito. Mesmo se alastrando pelo mundo todo e infectando pessoas de diversas nações e etnias, não conseguiram cortar esse mal pela "raíz".
Mas o que isso tem a ver com o Dourado? É provável que ele não seja homofóbico, mas seus discursos denunciam o preconceito. Quando ele diz que "hetero não pega AIDS", automaticamente reflete esse preconceito difundido pela mídia e socialmente enraízado de que a doença está intimamente relacionada com o homossexualidade. De fato não está.
Dourado mereceu ganhar o prêmio de R$ 1,5 milhão, pois soube se adaptar melhor as situações e soube "jogar" com a necessária frieza. Repito: é provável que ele não seja homofóbico. Seus discursos? Sim.
A AIDS - Síndrome da ImunoDeficiência Adquirida - como é conhecida a doença, foi reconhecida nos EUA nos anos 80. Alguns anos antes já havia registro de um jovem de 15 anos que morreu com a doença. A sociedade norte-americana ignorou largamente a epidemia. Em 1982 a história mudou. O primeiro grupo de pessoas infectadas pelo vírus eram homossexuais masculinos. As pesquisas científicas demoraram um ano para apresentarem suas primeiras conclusões.
O que fazer enquanto a ciência não tem a explicação?
Ora, o pensamento coletivo, compartilhado pela sociedade norte-americana - e de outras também - foi de associar a doença ao homossexualidade. "Permissividade sexual", era o que os conservadores bradavam nos veículos de comunicação. Insinuaram que a doença era "o preço que a América pagava pela libertinagem sexual".
Os conservadores se animaram e logo trataram de excluir os homossexuais e de tratá-los como "estranhos" e "infectados". Eram perigosos. O fator biológico do vírus contribuiu para excluí-los ainda mais - infecção pelo sangue, sexo anal, esperma, etc... A mídia ajudou muito a difundir essa idéia.
Vale lembrar que durante esse período vários prefeitos, deputados e governadores homossexuais disputavam cargos eletivos. Para puritanos e direitistas, o fato da doença ter atingido homossexuais e o desaparecimento de políticos homossexuais para cargos públicos foi um prato cheio para propagar o preconceito.
Os casos de AIDS ultrapassaram esse primeiro grupo. Crianças e adultos heterossexuais também figuraram entre os infectados. Foram descobertos casos de infecção em parceiros heterossexuais, estáveis e casados. "E agora?", se perguntava a elite. Já era tarde: o desastre do estereótipo estava feito. Mesmo se alastrando pelo mundo todo e infectando pessoas de diversas nações e etnias, não conseguiram cortar esse mal pela "raíz".
Mas o que isso tem a ver com o Dourado? É provável que ele não seja homofóbico, mas seus discursos denunciam o preconceito. Quando ele diz que "hetero não pega AIDS", automaticamente reflete esse preconceito difundido pela mídia e socialmente enraízado de que a doença está intimamente relacionada com o homossexualidade. De fato não está.
Dourado mereceu ganhar o prêmio de R$ 1,5 milhão, pois soube se adaptar melhor as situações e soube "jogar" com a necessária frieza. Repito: é provável que ele não seja homofóbico. Seus discursos? Sim.
Este comentário foi removido pelo autor.
ResponderExcluirEsses dias estava pensando nisso que vc falou.E não se pode esqueçer que as pessoas pegam ou tem pessoas q nascem com a doença.È pq sempre fazem essa ligação com o homosexualismo......e pq não pode ter pegado por uma esposa ou marido infiel?
ResponderExcluirE com certeza as pessoas não pegam pq querem.AS pessoas tem q ter um cuidado maior pode acontecer qm qualquer pessoa por um erro bobo.E deve-se combater esse preconceito!!!Adorei seu texto ^^